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| Neymar foi um dos participantes do sorteio deste sábado Foto: Antonio Scorza / AFP |
O sorteio das Eliminatórias para a Copa de 2014 colocou frente a frente, no mesmo grupo, Espanha e França. Isso significa que se as duas forem as melhores da chave, uma delas terá de disputar a repescagem europeia. A festa na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, que custou R$ 30 milhões, contou com a presença de craques de diversas gerações, de todo alto escalão da Fifa, políticos, ministros, prefeitos e até a presidente Dilma Rousseff.
O evento definia como seriam os caminhos das 175 seleções de todos os continentes que ainda têm chance de chegar ao Mundial. Dos 208 filiados à FIFA, 203 entraram nas Eliminatórias e 28 já deram adeus ao sonho. O único garantido até agora é o Brasil, que não disputa as Eliminatórias por ser país-sede.Em seu cartão de visitas, Blatter deu um recado aos governantes. "Para que a Copa seja bem sucedida, precisamos do apoio do governo brasileiro, dos estados e municípios, Comitê Local e das pessoas. A Fifa confia no Brasil", afirmou.Mas Dilma tratou logo de garantir que o País fará tudo que for possível. "O Brasil continua identificado como o País do Futebol e isso nos envaidece. Convido todos os povos a conhecerem o Brasil", disse a presidente.A festa marcou o pontapé oficial da Copa no Brasil. A partir de agora, centenas de partidas serão realizadas até que todos os classificados sejam definidos. Aí, em 2013, a Fifa fará um novo evento para o sorteio das chaves na Copa. O Brasil, como é de praxe, ficará no Grupo A como cabeça de chave.Nos bastidores, já começou uma disputa pela sede deste sorteio, que não costuma ser no mesmo local do sorteio das Eliminatórias. Mas Eduardo Paes, prefeito do Rio, quer levar também o outro. "Só falta a gente conquistar o último evento, que é o sorteio das chaves da Copa. Vai ser uma briga boa. Mas ninguém resiste ao Rio de Janeiro, a Fifa 'já é carioca'", comentou.Mas a entidade ainda não definiu o local e se recusa a fazer isso antes de outubro, quando outras decisões serão tomadas. Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, avisou que é cedo para especulações. "Em outubro definiremos as cidades da abertura, quartas de final, semifinal, disputa do terceiro lugar e final", lembrou. A decisão será no Maracanã, único candidato para isso. A abertura será provavelmente no estádio do Corinthians em Itaquera, e isso coloca também uma semifinal ali. Restam então costuras políticas para definir os outros locais.
A FESTA
A apresentadora Fernanda Lima e Tadeu Schmidt apresentaram o evento no Rio, que começou com discursos de Blatter e Dilma. Também teve apresentações musicais, com Ana Carolina e Ivan Lins, Daniel Jobim, neto de Tom Jobim, e Ivete Sangalo cantando junto com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Não foi uma festa das mais animadas, mas o que interessava realmente era como seria o trajeto das seleções para chegar à Copa no Brasil.
O sorteio começou com as definições da repescagem do Mundial: o quinto da América do Sul pegará o quinto da Ásia, e o quarto da Concacaf pegará o vencedor da Oceania. Aí foi a vez da África, quando Cafu e Neymar tiraram a sorte do continente. O Grupo C foi o mais difícil, com Costa do Marfim e Marrocos na mesma chave. Depois, Valcke convidou Zico e Lucas para o palco, para ajudarem no sorteio da Ásia. No Grupo C, com Japão, Usbequistão, Síria e Coreia do Norte, os nipônicos terão de suar muito para se classificar.A seguir vieram Bebeto e Lucas Piazon, que escolheriam as bolinhas com os nomes dos países da América Central, do Norte e Caribe. Entre as seleções mais bem ranqueadas, Estados Unidos e Jamaica ficaram no Grupo A, México e Costa Rica no B, e Honduras e Cuba no C. Depois, Zagallo e o jovem vascaíno Felipe Bastos fizeram o sorteio da Oceania. A Nova Zelândia, que esteve na última Copa, ficou na mesma chave de Fiji, Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné.Por último veio a decisão da Europa. Paulo Henrique Ganso e Ronaldo fizeram o sorteio e coube a Ronaldo tirar o papel que colocou a Espanha no mesmo grupo da França. E outras duas chaves prometem equilíbrio: o Grupo A, com Croácia, Bélgica, Sérvia, Escócia, Macedônia e País de Gales, e o B, com Itália, Dinamarca, República Checa, Bulgária, Armênia e Malta.
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